quinta-feira, 19 de junho de 2008

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Babalorixá Cristiano Boldrini Òsún Sángò

Iemanjá se transformou num rio


Oxóssi vivia com a mãe Iemanjá e com seu irmão Ogum.
Ogum cultivava o campo e Oxossi trazia caça das florestas.
A casa de Iemanjá era farta.
Mas Iemanjá tinha maus pressentimentos e consultou o babalaô.
O adivinho lhe disse que proibisse Oxóssi de ir caçar na matas, pois Ossaim, que reinava na floresta, podia aprisionar Oxóssi.
Iemanjá disse ao seu filho que nunca mais fosse à floresta.
Mas Oxóssi, o caçador, era muito independente e rejeitou os apelos da mãe.
Continuou indo às caçadas.
Um dia ele encontrou Ossaim, que lhe deu de beber um preparado.
Oxóssi perdeu a memória.
Ossaim banhou o caçador com abôs misteriosos e ele ficou no mato morando com Ossaim.
Ogum não se conformava com o rapto do irmão.
Foi à sua procura e não descansou até encontrá-lo.
Finalmente livrou Oxóssi e o trouxe de volta a casa. Iemanjá, contudo, não perdoou o filho desobediente e não quis recebê-lo em casa.
Ele voltou para as florestas, onde até hoje mora com Ossaim.
Ogum, por sua vez, brigou com a mãe e foi morar na estrada.
Iemanjá passou a sentir demais a ausência dos dois filhos, que ela praticamente expulsara de casa.
Tanto chorou Iemanjá, tanto chorou, que suas lágrimas ganharam curso, se avolumaram e num rio Iemanjá se transformou.
(fonte. MITOLOGIA DOS ORIXÁS, Reginaldo Prandi, editora Companhia Das Letras)
Oxóssi e Ossaim vivem nas florestas, Iemanjá é o rio, é o mar, por isso não devemos desmatar nossas matas e nem poluir nossas águas.
Ao se fazer um ebó para esses Orixás podemos, substituir as garrafas de plástico e vidro por copos feitos de côco, ao em vez de usarmos bandejas de papelão usarmos folhas de bananeiras e dispensarmos as folhas de seda coloridas, caso contrario estaremos ao mesmo tempo ofertando e destruindo nossos Orixás.
Babalorixá Cristiano Boldrini Òsún Sángò
A decomposição destes lixos é demorada veja:
PAPEL = de 3 a 6 MESES
PLÁSTICO = mais de 100 ANOS
VIDRO = mais de 1 MILHÃO DE ANOS
fonte: www.ecolegal.com.br

Erinlé transforma-se em rio e encontra Oxum

Enrilé, o orixá caçador e guerreiro, um dia conheceu Orunmilá e tornaram-se amigos.
Enrilé necessitava de dinheiro e seu amigo Orunmilá emprestou-lhe o necessário.
O tempo passou e orunmilá teve que voltar a Ifé.
Como Erinlé não tinha como saldar a dívida, foi procurar a orientação do babalaô.
O oráculo mandou que fizesse oferendas, pois assim conseguiria todo o dinheiro que devia e muito mais.
Mas as oferendas eram demasiadamente dispendiosas e Erinlé não pôde fazer o sacrifício.
Erinlé, sem saída, estava completamente envergonhado.
Foi até o ermo local onde costumava caçar, depositou seus instrumentos de caçador no chão e desapareceu solo adentro. Junto ao seu ofá restou apenas uma quartinha d’água.
Seus filhos, desesperados, procuraram Orunmilá para orientá-los na busca do pai.
Orunmilá disse-lhes que talvez não o vissem nunca mais, mas que fizessem oferendas e teriam ao menos um sinal do caçador.
Os filhos de Erinlé o procuraram por tudo quanto era canto.
Um dia, chegando ao local misterioso onde Erinlé desaparecera, depararam com as armas do pai junto à quartinha d’água.
Ali então ofereceram muitos galos por Erinlé, chamando insistentemente pelo pai.
Logo a quartinha transbordou e a água passou a jorrar em abundância, escorrendo para o chão. O jorro d’água tomou um curso mata adentro, avolumou-se e formou um novo rio, que todos sabiam ser o próprio Erinlé.
Os parentes seguiram o rio, que os guiou até sua casa.
No caminho, Erinlé os fez saber que desejava que os galos a ele oferecidos fossem soltos vivos. Assim foi feito e dizem que os galos de Erinlé estão vivos até hoje e que ninguém ousa matá-los. Erinlé, o rio, continuou a correr para sempre. Em Edê, Erinlé encontra-se com outro rio.
É Oxum, o rio Oxum, que parte de Ijumu e corre ao encontro de Erinlé.
Em Edê os dois se juntam num único caudaloso e calmo rio, são as águas tranqüilas que correm juntas para a lagoa. Da união de Oxum com Erinlé nasceu Logum Edé.
Tempos depois, junto ao rio Erinlé, num lugar chamado Ibualama, pela profundeza das águas, os devotos instituíram um templo para Erinlé.
Por causa do nome do lugar, o Caçador, que também se chama Inlé, passou a ser conhecido como Ibualama.

(fonte. MITOLOGIA DOS ORIXÁS, Reginaldo Prandi, editora Companhia Das Letras)
Nossos Orixás são a Natureza, respeita a Natureza, respeite nossos Orixás, respeite nossa Fé e, pricipalmente, respeite nossa VIDA!
Babalorixá Cristiano Boldrini Òsún Sángò